Primeiro Verso Danielano de 2018

Olá a todos! Um FELIZ 2018 a todos! Quis tanto escrever algo no Natal e mesmo no Ano Novo, porém fui acometido de alguns pensamentos paralisantes nessa época. 

Tem muita coisa envolvida nessa época do ano - o primeiro Natal sem a mãe presente fisicamente, a morte de um dos cantores que mais gosto, justamente nessa época (George Michael, morto na noite de Natal de 2016) e toda a análise de uma vida, uma auto manutenção que levou mais tempo e energia que o esperado. Uma análise constante que enfrenta certos questionamentos que tomaram conta de mim bem nesta época do ano. Por essas e outras, este foi um dos poucos fins de ano em que não postei absolutamente nada. 

Segue o primeiro verso Danielano deste 2018:

No som dos segundos
Cada toque é uma eternidade
Em cada momento
Me surge um novo mundo
Repleto de desafios
Infértil de sentimentos
Repleto de incredulidade
São buracos vazios
Sem sementes
Sem vida
Sem ação dos ventos
Nem água dos rios
Quanto mais tempo se arrasta
Mais a dor se enraiza
Mais a pedra se desgasta
A cada palavra não dita
Mais um pouco a alma fica aflita
Mais ainda o sofrimento se enfatiza
A dor não tem como ser descrita
Dizem que em algum momento ela se afasta
Ou que alguém consiga escondê-la em alguma pasta
O que se sabe é que ela está ali
Sabe o caminho de volta
Debilita
é o paradoxo de uma escolta
E o cerca e acompanha apenas para lhe desproteger
Não há como medir sua intensidade
Mas leva do bem estar à total infelicidade
Em uma rápida evolução
É um cancer da alma
Que cresce na mente
Bem em meio à enfermidade
E vai proliferando
Rumo ao coração
Vai paralizando as percepções
Inibindo todas as ações
Escondendo por dentro da casca
Todas as desilusões
Finalizando com a perplexidade
do acontecimento
de um partir sem alarde
num sopro de vento
de alguém que lá dentro
já estava morto há muito tempo

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